Continuamos
com os ensinamentos de Jesus ressuscitado a seus apóstolos. Hoje reproduzimos
trecho onde Jesus fala do julgamento dos justos, que “não faltam em nenhuma
nação e religião”.
Também
contempla advertência para o povo de Deus, alertando-o para que este cuide de
não ser motivo de escandalização.
Fiquem
com Deus,
Francisco
José
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Os justos
não faltam em nenhuma nação e religião. Deus observa as obras dos homens e as suas
palavras. E, se vê que algum gentio, sendo justo de coração, faz naturalmente o
que a Lei do Sinai manda, por que haveria de considerá-lo desprezível? Não é ainda mais meritório, se um homem, que não conhece os
Mandamentos de Deus, que não faça isto ou aquilo porque é mal, e impõe-se a si
mesmo uma ordem de não fazer o que sua razão lhe diz que não é bom, e obedeça
fielmente, em comparação com o conhecimento muito relativo de quem, conhecendo
a Deus e o fim do homem e a Lei que permite consegui-lo, faz contínuos
compromissos e cálculos para proporcionar um mandamento perfeito e sua vontade
corrompida? Isto, que é que vos parece? Será que Deus aprova as escapatórias
que Israel introduziu em sua obediência, para não ter muito do que possa
sacrificar para atender à sua concupiscência? Será que, quando um gentio sair
deste mundo, sendo ele justo aos olhos de Deus, por ter seguido a justa Lei que
sua consciência lhe impunha, será que Deus por isso o julgará um demônio? Eu
vo-lo digo: Deus julgará as ações dos homens, e o Cristo, como Juiz de todas
as gentes, premiará àqueles nos quais o desejo da alma teve a voz de uma íntima
lei para se chegar ao último fim do homem, que é reunir-se ao seu Criador, ao
Deus ignorado pelos pagãos, mas ao Deus que eles julgam ser Verdadeiro e Santo,
e que está do lado de lá, além do Cenário pintado dos falsos Olimpos.
Tomai
cuidado, e estai atentos e não sirvais vós de escândalo para os gentios. Já muitas vezes o nome de Deus serviu de zombarias para os
gentios por causa das obras praticadas pelos filhos do Povo de Deus. Não
queirais crer que sejais os tesoureiros absolutos dos meus dons e dos meus
méritos. Eu morri pelos judeus e pelos gentios. O meu Reino será de todas
as gentes. Não abuseis da paciência com que Deus vos tratou até agora,
dizendo-vos: "A nós tudo é permitido." Não. Eu vo-lo digo. Não há
mais este ou aquele povo. O que há é o meu povo. E nele tem igual valor os
vasos que se consumiram no serviço do Templo e os que agora são postos sobre as
mesas de Deus. E muitos vasos se consumiram no serviço do Templo, mas não de
Deus, e serão jogados a um canto. Serão colocados, por sua vez, sobre o altar,
aqueles que ainda conhecem o que é incenso, o óleo, o vinho, o bálsamo, mas são
desejosos de se encherem com eles e de os usarem para a glória do Senhor.
Não
exijais muito dos gentios. Basta que eles tenham a fé e obedeçam à minha
palavra. Uma nova circuncisão vem substituir a antiga. O homem é circuncidado
no coração, de agora em diante, e o espírito, melhor ainda que no coração,
porque o sangue dos circuncidados significará a purificação da concupiscência,
que excluiu Adão da filiação divina, tomando o lugar do meu sangue puríssimo.
Isto é válido, tanto no circunciso, como no incircunciso no corpo, contanto que
ele receba o meu Batismo, e renuncie a Satanás, ao mundo, à carne, por amor de
Mim. Não desprezeis os incircuncisos. Deus não desprezou a Abraão. Pela sua
justiça, o escolheu para chefe do seu povo, antes que a circuncisão tivesse
mordido as carnes dele. Se Deus fez aproximar-se de Si a Abraão incircunciso,
para transmitir-lhe as suas ordens, vós podereis aproximar-vos dos
incircuncidados para instruí-los na Lei do Senhor. Considerai quantos pecados e
a qual pecado chegaram os circuncidados. Não sejais inexoráveis por isso para
com os gentios."
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