terça-feira, 10 de março de 2015

O que está acontecendo com as pessoas formalmente educadas e, no mínimo, medianamente inteligentes, que ainda não conseguiram ver o que acontece no Brasil?

   No final da II Guerra Mundial, quando o exército russo estava às portas do bunker de Hitler, membros do alto escalão do exército alemão participavam de uma apimentada festa organizada pela consorte do ditador, Eva Braun. A festa terminou com o bombardeio soviético.

   A conjuntura de derrota iminente não impedia que Hitler ainda discutisse com seu arquiteto seus projetos "futuros", e que ordenasse um contra-ataque com seu exército, então já completamente vencido. A "ficha" só caiu, ou melhor, a bala só estourou seu simulacro de miolos na iminência da tomada do bunker.

   Por mais paradoxal que possa parecer, alienações desse tipo são incrivelmente comuns.

   Me parece que essa negação da realidade tem a ver com o hedonismo em que a sociedade vive. Na sua busca desenfreada pela satisfação imediata as pessoas se negam a acordar para a realidade que aponta um futuro de dificuldades, e fazem do gozo no hoje sua razão de viver. Isso não deixa de ser uma atitude covarde, de quem deveria sair do seu conforto, da sua passividade, e procurar agir, dentro das suas possibilidades, para tentar mudar os rumos de uma tragédia que já se manifesta no horizonte.

   Na verdade, colhemos os frutos de uma reengenharia social neo marxista (gramscista) que tem destruído o caráter das pessoas. Com efeito, ela é fundada no coitadismo, na escravização das cotas e das bolsas, na destruição das famílias pela desumanização dos relacionamentos, na relativização da verdade, na condescendência com o mal, na ojeriza ao mérito, na ideologia de gênero que destrói a inocência das crianças e a própria identidade de homens e mulheres, no ódio a Deus.

   A sociedade brasileira, lamentavelmente, é vítima desse nefasto projeto. É de pasmar que pessoas cientes dos fatos que nos rodeiam, e com inteligência no mínimo mediana, ainda se neguem a enxergar a gravíssima crise moral e econômica pelas quais passa o nosso país. Continuam alheios ao que está acontecendo, mergulhados na sua vidinha de festas, viagens e brincadeiras; ou pior, defendem o atual regime destrutivo da nação, que não mais esconde seu intento de se perpetrar no poder, ainda que pela força de uma enorme milícia comunista, já preparada, e que não mais faz cerimônia em mostrar suas garras.

   As fraturas do desastre na gestão do Brasil são expostas: inflação, desequilíbrio nas contas externas, a maior taxa de juros do mundo, redução na produção e nos empregos (81 mil vagas perdidas no primeiro mês do ano), queda no comércio varejista, queda na arrecadação de impostos (por 4 meses seguidos), aumento dos impostos, caos na saúde,  entre os piores no que concerne a educação, déficit na balança comercial, exportações estagnadas (não obstante o elevado valor do dólar e o consequente baixo valor do real), crise energética, infraestrutura precária, corrupção altíssima, sendo revelador o já batizado maior caso de corrupção de toda história mundial (Petrolão)...

   Tudo o que colhemos hoje há muito já vinha sendo alertado por não poucos analistas e formadores de opinião. Tudo o que vemos hoje foi veementemente negado pelos que nos governam. Não mais agora, diante dos FATOS. E frente a estes é de pasmar ainda ver alguns que ainda teimam em defender o atual regime.

   Não podendo mais se alicerçar em FATOS - eis que TODOS são prova irretorquível do completo desastre na gestão governamental -, "fundamentam" seu discurso em grandes "pensadores", como Kajuru, Paulo Amorim, Nassif; restringem a construção lógica de suas justificativas à atual gestão a uma comparação com o governo FHC (também socialista), ao jargão segundo o qual "todo mundo rouba", e a afirmações patéticas como "ato golpista" acerca do panelaço durante o último pronunciamento de Dilma na TV.

   Convenhamos, há que se ter o espírito muito obliterado para agir dessa forma. Há que se ter muito desamor para com seus descendentes para defender a atual gestão marxista - que segue à risca a receita gramscista -, cujos exemplos na história, inclusive mais recente, e a atual conjuntura brasileira, apontam para um inexorável desastre para toda a sociedade, não seja dado um imediato basta!

   Na verdade, não é à toa que o principal viés marxista se volta contra o cristianismo. A Igreja Católica, como se sabe, "tem  rejeitado  as  ideologias  totalitárias e atéias associadas, nos tempos modernos, ao 'comunismo' ou ao 'socialismo'" (parágrafo 2425 do Catecismo da Igreja Católica). E a falta de Deus, sem nenhuma dúvida, ofusca completamente a razão. Quem, em sua sã consciência, por exemplo, poderia admitir o aborto, ou ainda, a realização compulsória de cirurgias de mudança de sexo EM MENORES DE IDADE À REVELIA DO PÁTRIO PODER (pasmem, mas isso está contido no Projeto de Lei nº 5002/2013, dos deputados Jean Wyllys - PSOL/RJ e Érika Kokay - PT/DF)? Essas são algumas das diretrizes do atual governo e de seus asseclas, que, dentre outras, batem frontalmente com a moral cristã.

   Enfim, o que está acontecendo com as pessoas formalmente educadas e razoavelmente inteligentes que ainda não conseguiram ver o que acontece no Brasil?  

   Para refletir:

   "A senhora Loucura é irrequieta, uma tola que não sabe nada. Ela se assenta à porta de sua casa, numa cadeira, nos pontos mais altos da cidade, para convidar os viandantes que seguem direito seu caminho. Quem for simples venha para cá! Aos insensatos, ela diz: As águas furtivas são mais doces e o pão tomado às escondidas é mais delicioso. Ignora ele que ali há sombras e que os convidados [da senhora Loucura] jazem nas profundezas da região dos mortos". (Prov 9, 13-18)


   "O temor do Senhor é o princípio da sabedoria. Os insensatos desprezam a sabedoria e a instrução" (Prov 1,7).

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