O verdadeiro sacerdócio e o poder da oração de intercessão pela conversão – Trechos da obra de Maria Valtorta
“Há de ser todo espiritual o meu sacerdote....”
“[...] É necessário nunca cair na idolatria do ministério. Não sois vós os que devem ser adorados. Mas o Senhor vosso Deus. Só a Ele a glória pelos que se salvam. A vós competem os trabalhos para a salvação, deixando para o tempo do Céu a glória de terdes sido uns "salvadores".
Hoje, da obra de Maria Valtorta, trazemos dois trechos de ensinamentos de Jesus ao discreto e tímido apóstolo André, irmão de Simão Pedro.
Trata-se de uma bela lição sobre como deve ser o sacerdócio, bem como acerca do poder da oração pela conversão de um pecador. Ensinamento também para nós, leigos, na condução de nossa vida cristã.
Que Deus abençoe a todos!
Francisco José
[...] Se te dissesse que, tão diferente no princípio, serás perfeitamente igual a Pedro, ao fim da tua missão, acreditarias?
[...]
E perceber que tu trabalhas sem barulho e mais profundamente que os outros. Porque entre os doze há quem faz tanto barulho quanto o trabalho que faz. Há quem faz muito mais barulho do que o trabalho que faz, e há quem não faz outra coisa a não ser o trabalho. Um trabalho humilde, ativo, ignorado... Os outros podem pensar que esse não faça nada. Mas Aquele que vê, sabe. Estas diferenças existem porque ainda não sois perfeitos. E elas existirão sempre entre os futuros discípulos, entre aqueles que virão depois de vós, até o momento em que o anjo dirá, com voz de trovão: "Não há mais tempo". Sempre haverá ministros de Cristo que serão iguais no trabalho e no atrair sobre si os olhares do mundo: os mestres. E haverá, infelizmente, os que farão só barulho e gestos exteriores, somente exteriores, os falsos pastores com poses histriônicas... Sacerdotes? Não: mimos Nada mais do que isso. [...] Há de ser todo espiritual o meu sacerdote... Assim Eu o sonho. Assim serão os meus santos sacerdotes. [...] Ele é o que é: espírito, chama, luz, amor. Fala aos espíritos. Fala com a castidade em seus olhares, em seus atos, em suas palavras e em suas obras. O homem olha. E vê um seu semelhante. Mas além da carne, e acima dela, que é que ele vê? Alguma coisa que o faz deter o seu andar apressado, meditar e concluir: "Este homem, semelhante a mim, de homem só tem a aparência. Sua alma é de um anjo". [...] Mas se o mundo todo não se vai transformar em um lupanar e numa idolatria, será por estes: os heróis do silêncio e da atividade fiel. E terão o teu sorriso: puro e tímido. Porque sempre haverá Andrés. Por graça de Deus e para felicidade do mundo haverão!".
(Valtorta, Maria. O Evangelho como me foi revelado. Isola del Liri - Itália: Centro Editoriale Valtortiano, 2002. v. 2. p. 345-346) (grifei e destaquei)
[No trecho abaixo, Jesus fala a André sobre a conversão de Maria Madalena: uma lição sobre o poder da oração de intercessão e sobre o "tempo" da verdadeira "satisfação apostólica"]
[...] Nunca fica perdida uma oração feita nesse sentido [da conversão de alguém]. Deus quer servir-se dela e ela se salvará.
[...]
[...] "Este é o dom do verdadeiro apóstolo. Vê, meu, amigo, a tua vida e a dos futuros apóstolos será sempre assim. Algumas vezes ficareis sabendo que sois os "salvadores". Mas, na maior parte das vezes, salvareis sem ficardes sabendo que salvastes as pessoas que mais quereríeis salvar. Só no Céu vereis virem ao vosso encontro, ou subirem para o Reino eterno, os vossos salvados. E o vosso júbilo de bem-aventurados aumentará, a cada um que for sendo salvo. Algumas vezes o sabereis, desde esta vida. São as alegrias que Eu vos dou, para infundir um vigor ainda maior para novas conquistas. Mas, feliz do sacerdote que não sente falta desses estímulos para cumprir o seu dever! Feliz daquele que não se abate, por não ver triunfos e diz: "Não vou fazer mais nada, porque não tenho satisfação". A satisfação apostólica, tida como único incentivo para o trabalho, mostra não-formação apostólica, rebaixa o apostolado, coisa espiritual, ao nível de um trabalho humano comum. É necessário nunca cair na idolatria do ministério. Não sois vós os que devem ser adorados. Mas o Senhor vosso Deus. Só a Ele a glória pelos que se salvam. A vós competem os trabalhos para a salvação, deixando para o tempo do Céu a glória de terdes sido uns "salvadores". [...]
(idem, p. 377)
[Se você quiser saber mais detalhes sobre as maravilhosas revelações feitas a Maria Valtorta, há, neste blog, artigo específico sobre o assunto]
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