A história de Sansão: lição sobre arrependimento, paciência, constância e heroísmo, requisitos para a libertação do pecado – Trecho da obra de Maria Valtorta
Consagrado é aquele que, não só exteriormente, mas interiormente se conserva santo. Então Deus está com ele.
Arrependimento, paciência, constância, heroísmo, e depois, ó pecadores, Eu vos prometo que sereis os libertadores de vós mesmos.
Abaixo segue trecho da obra de Maria Valtorta em que Jesus explica a história de Sansão: o consagrado que caiu na sensualidade e entregou a Dalila o segredo de como vencer a sua força, suas sete virtudes – as sete simbólicas tranças. Contextualizando, Jesus fala do papel do Consagrado, do perdão, e dos requisitos para a libertação interior: arrependimento, paciência, constância e heroísmo.
Fiquem com Deus,
Francisco José
“[...] Sabeis como Sansão se tornou um nada, depois de ter-se entregado à sensualidade. Eu quero que conheçais a lição de Sansão, filho de Manué, destinado a vencer os filisteus, opressores de Israel. A primeira condição para que fosse o vencedor era que, desde sua concepção se conservasse virgem de tudo o que excita o baixo sentido e estabelece uma união das entranhas do homem com carnes imundas: ou seja, vinho e cerveja e carnes gordas, que acendem os lombos com fogo impuro. A segunda condição era que, para ser o libertador, fosse consagrado ao Senhor desde a infância, e assim se conservasse para sempre como nazareno. Consagrado é aquele que, não só exteriormente, mas interiormente se conserva santo. Então Deus está com ele.
Mas a carne é carne, e Satanás é Tentação. E a Tentação toma como instrumento, para combater Deus em um coração e em seus santos decretos, a carne que excita o homem, isto é, a mulher. Eis então que a força do "forte" treme, e ele se torna um fraco, que desperdiça o dom que Deus lhe deu. Agora, escutai: Sansão foi amarrado com sete cordas, feitas com nervos frescos, com sete cordas novas, fixado ao chão pelas sete tranças dos seus cabelos. E ele sempre tinha vencido. Mas não se tenta ao Senhor em vão, nem mesmo em sua bondade. Não é lícito. Ele perdoa, perdoa, perdoa. Mas exige que se tenha vontade de sair do pecado, para que continue a perdoar. É um tolo quem diz: "Perdão, Senhor", e depois não foge do que o induz ao contínuo pecado! Sansão, três vezes vitorioso, não fugiu de Dalila, da sensualidade, do pecado e, enfadado até à morte, diz o Livro, e caindo em desânimo, diz o Livro, revelou o segredo: "A minha força está nas sete tranças".
Não haverá ninguém entre vós que, cansado pela grande canseira do pecado, sinta faltar-lhe o ânimo, pois nada abate tanto quanto a má consciência, e esteja para se entregar vencido ao Inimigo? Não, sejas tu quem fores, não, não faças isso. Sansão entregou à Tentação o segredo de como vencer as suas sete virtudes: as sete simbólicas tranças, as suas virtudes, ou seja, a sua fidelidade de nazareno; adormeceu cansado sobre o seio da mulher, e foi vencido. Cego, escravo, impotente, por haver recusado fidelidade ao seu voto. Nem voltou o "forte", o "libertador", senão quando, na dor de um verdadeiro arrependimento reencontrou a sua força...
Arrependimento, paciência, constância, heroísmo, e depois, ó pecadores, Eu vos prometo que sereis os libertadores de vós mesmos. Em verdade vos digo que não há batismo que valha, nem rito que tenha valor, se não houver arrependimento e vontade de renunciar ao pecado. Em verdade vos digo que não há pecador tão pecador, que não seja capaz de fazer renascer, com o seu pranto, as virtudes que o pecado arrancou do seu coração.
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