A alma: morada de Deus para aqueles que seguem Sua palavra e conforto no ensinamento do amor à cruz
Hoje, transcrevo um breve trecho da obra de Maria Valtorta sobre o amor que devemos ter para com nossa alma, morada de Deus quando guardamos Sua palavra, e conforto para aqueles que sofrem, pois ensina o amor à cruz.
[...] Quantas verdades vos diria a vossa alma, se soubésseis conversar com ela, se a amásseis, como se ama alguém que vos faz semelhantes a Deus, que também é Espírito. Que grande amiga teríeis, se amásseis a vossa alma, em vez de odiá-la, ao ponto de matá-la! Que grande e sublime amiga com a qual poderíeis falar das coisas do céu, vós que gostais tanto de falar, e vos arruinais reciprocamente, com amizades que, se não são indignas, pelo menos são quase sempre inúteis, transformando-se num vazio vão e nocivo de palavras, totalmente terrenas.
Não disse Eu: "Quem me ama guardará minha palavra e meu Pai o amará, e viremos a ele e faremos nele morada"? A alma no estado de graça possui o amor, possuindo então Deus, ou seja, o Pai que mantém esta alma, o Filho que a ensina, o Espírito que a ilumina. Possui, portanto, o Conhecimento, a Ciência, a Sabedoria. Possui a Luz. Pensai, então, nas conversações sublimes que vossa alma poderia entabular convosco. São os diálogos que encheram os silêncios dos calabouços, das celas, dos ermos, dos aposentos dos enfermos santos. Souberam confortar os que estavam encarcerados, à espera do martírio, os enclausurados por amor à busca da Verdade, os ermitãos ansiosos pelo conhecimento antecipado de Deus, os enfermos pela suportação. Em suma, souberam ensinar o amor à cruz.
(Valtorta, Maria. O Evangelho como me foi revelado. Isola del Liri - Itália: Centro Editoriale Valtortiano, 2002. v. 1. p. 100-101) (os grifos são meus)
Fiquem com Deus!
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